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Práticas Integrativas e Complementares em Saúde ganham cada vez mais espaço

Métodos ainda considerados pouco usuais, como Reiki e Acupuntura, se consolidam como excelentes aliados da medicina convencional

 

Tratar o indivíduo considerando sua dimensão global – corpo, mente e espírito, mas sem perder suas singularidades. Esse é o princípio básico das chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PIC), compostas por métodos eficazes e seguros para estimular os mecanismos naturais que nosso corpo usa para prevenir danos e recuperar a saúde. Entre estas técnicas estão a medicina tradicional chinesa; homeopatia, fitoterapia, medicina antroposófica, que a cada dia se consolidam como aliadas das práticas médicas convencionais e como campo de trabalho em expansão para profissionais da saúde.

As Práticas Integrativas são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que desde 1970 incentiva seus estados-membros a oferecer estes serviços à população. Segundo a gerente de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual  de Saúde (SES), enfermeira Marisa Aparecida de Souza e Silva, o Brasil concretizou essa recomendação ao instituir, em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde então, estados e municípios podem elaborar suas próprias diretrizes para tornar terapias não convencionais acessíveis aos usuários da rede pública de saúde. Goiás está em fase de elaboração de um documento que embasará um projeto de lei para sistematizar o oferecimento de práticas corporais destinadas à promoção da saúde e prevenção de doenças. Segundo Marisa, algumas instituições de saúde há anos disponibilizam terapias menos convencionais, mas de forma pontual e pouco organizada. Uma política pública específica ajudará a sistematizar esses serviços, além de ampliar sua oferta.

 

Mercado de Trabalho

Paralelamente à consolidação da PNPIC, alguns profissionais comemoram o crescimento do número de adeptos de algumas terapias menos convencionais. A enfermeira Ana Cecília Coelho Melo, vice-presidente da Associação Brasileira dos Enfermeiros Acupunturistas (Abena), atua na área desde 2006 e confirma o bom momento. “O mercado goiano está em expansão, pois a cada dia as pessoas estão mais sensíveis a tratamentos que não tenham foco somente na doença, mas que trate o indivíduo de forma holística, atendendo suas necessidades físicas, mentais e emocionais”, observa.

A Acupuntura é indicada para prevenir doenças e tratamentos ambulatoriais e até hospitalares. Ana Cecília enfatiza que qualquer profissional de saúde pode oferecer a técnica, desde que se especialize em Acupuntura em cursos devidamente reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e que tenham carga horária de 1.200 horas.

A enfermeira Fabrícia Pereira dos Santos desenvolve sua trajetória profissional com atuação multifocal - Reiki, aromaterapia, musicoterapia, cromoterapia, relaxamento, criação mental, auriculoterapia, ventosaterapia e florais de Bach. Ela conta que as pessoas que procuram por seus serviços possuem certa disposição para o autoconhecimento, autocura e o autocuidado – elementos que definem um dos eixos das práticas integrativas, que é a participação efetiva do indivíduo em seu processo de melhora. “A enfermagem pode trabalhar efetivamente em todos os níveis de cuidado; da prevenção à paliação”, opina. Assim como a enfermeira acupunturista Ana Cecília, Fabrícia é taxativa quanto à necessidade de estudo e formação. (Colaboradora: Ana Cecília Coelho Melo)

 

Source: Coren GO