
Alerta sobre a dengue aos profissionais da Enfermagem
O atual cenário epidemiológico da dengue no estado de Goiás vem apontando para aumento dos casos graves e possibilidade de novas epidemias, tornando a atuação do profissional de saúde de grande valor.
A dengue constitui-se um desafio para a saúde pública mundial. No Brasil, as condições climáticas e ambientais favorecem a manutenção do vetor no ambiente, o mosquito Aedes aegypti, transmissor dos quatro tipos virais da doença que circulam no país.
No Estado de Goiás em 2012, até a semana epidemiológica 49, houve redução importante do total de casos notificados e óbitos por dengue em relação ao mesmo período do ano anterior (redução de 29,53% e 41,18% respectivamente). Apesar das reduções observadas, a dengue ainda constitui um dos maiores problemas de relevância sanitária para a população goiana devido a presença do vetor em todos os municípios, introdução do sorotipo DEN 4, com possibilidade de predominância do vírus devido a vulnerabilidade imunológica da população, taxa de letalidade alta e dificuldade da rede assistencial assegurar manejo clinico adequado aos usuários que apresentam as formas graves da doença, gerando taxas de letalidade bem acima do aceitável pela Coordenação do Programa Nacional de Controle da Dengue - PNCD.
O atual cenário epidemiológico da dengue no estado de Goiás vem apontando para aumento dos casos graves e possibilidade de novas epidemias. Por isso, profissional de saúde, a sua atuação tem grande valor. Você sabe melhor do que ninguém que a forma grave da dengue pode matar e o quanto é importante nos prepararmos ainda mais, por isso:
• Participe das capacitações promovidas pelas secretarias estaduais, regionais e municipais de saúde e seja um multiplicador dentro de sua equipe;
• Aplique os protocolos de manejo clínico de forma rápida e adequada;
• Dedique atenção especial a idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades, mais vulneráveis à doença;
• Notifique os casos de dengue à vigilância epidemiológica de seu município;
• Oriente os pacientes sobre os sintomas e sinais de alerta;
• Especifique a quantidade de líquidos que deve ser ingerido pelo paciente;
• Esclareça que a automedicação pode agravar o quadro;
• Informe ao paciente que ele poderá realizar o tratamento no domicílio, porém orientado a retornar à unidade de saúde identificada no Cartão de Acompanhamento do Paciente com Suspeita de Dengue, se possível diariamente, ou ao menos no primeiro dia do desaparecimento da febre, ou em caso de surgimento de sinais de alarme;
• Consulte a publicação Dengue: diagnóstico e manejo clínico - adulto e criança disponível no site do Ministério da Saúde.
É importante lembrar que o sistema público de saúde não tem como lutar contra a dengue, sozinho. A batalha contra a doença exige uma conscientização e cooperação por parte de todos para eliminar os focos do mosquito e os riscos de epidemia no estado de Goiás.
Medidas simples, desde que praticadas todos os dias, geram bons resultados e ajudam a proteger não só a sua família, mas toda a comunidade e melhorando a qualidade da assistência prestada e a organização da rede de serviços, podemos evitar que a dengue faça a sua próxima vítima.
Contamos com sua colaboração como cidadão e profissional de saúde!
Conselho Regional de Enfermagem de Goiás
e Secretaria da Saúde do Estado Goiás
Source: Coren GO